Na manhã desta sexta-feira, um incêndio de grandes proporções atingiu cerca de 100 moradias no Caminho São Sebastião, localizado no Dique da Vila Gilda, na Zona Noroeste de Santos.
As chamas se alastraram rapidamente e deixaram dezenas de famílias desabrigadas, agravando ainda mais a situação de vulnerabilidade já enfrentada pela comunidade.
A Vila Gilda é considerada a maior área com moradias sobre palafitas do Brasil. Surgida na década de 1960 por meio de ocupações irregulares às margens do Rio dos Bugres, a comunidade cresceu de forma desordenada e hoje abriga cerca de 20 mil pessoas, segundo dados do IBGE. As construções precárias, a ausência de infraestrutura e a falta de acesso a serviços básicos tornam o cotidiano dos moradores ainda mais difícil — e, em casos como o do incêndio, tornam a tragédia ainda mais devastadora.
Diante da emergência, a cidade de Santos se mobiliza para socorrer as vítimas. A Sociedade Visconde de São Leopoldo está arrecadando doações de água, cobertores, roupas, alimentos não perecíveis, colchões e itens de higiene pessoal. Os donativos podem ser entregues na sede da instituição, na Rua Comendador Martins, nº 296, Vila Mathias.
Moradores da Zona Noroeste também podem colaborar levando doações aos seguintes pontos de apoio:
-
Centro Esportivo e Recreativo da Zona Noroeste – Rua Fausto Felício Brusarosco, s/nº
-
Paróquia Sagrada Família – Praça Dr. Bruno Barbosa, nº 150, Jardim Castelo
Apesar das adversidades, a Vila Gilda é um exemplo de resistência e organização comunitária. Ações sociais, como as promovidas pelo Instituto Arte no Dique, reforçam o espírito de solidariedade que marca a identidade da região. Porém, tragédias como esta escancaram a urgência de políticas públicas estruturadas que promovam urbanização, infraestrutura e dignidade para milhares de famílias.
Neste momento crítico, toda ajuda é bem-vinda. A solidariedade de cada um pode fazer a diferença na reconstrução de vidas.
Crédito de Imagem: Luigi Bongiovanni